Espírito da Verdade
Mateus 5:4
Para que existe o Vale do Amanhecer?
Jesus, na noite anterior à sua prisão, reuniu-se com seus discípulos para aquela ceia tão conhecida pelo mundo cristão. A última ceia é permeada de ensinamentos e símbolos que nos remetem à profundidade dos ensinamentos de Jesus. O mestre lavou os pés de cada um daqueles 12 homens, em símbolo de humildade e exemplificando que o primeiro de todos veio para a Terra para servir e não para ser servido.
Em dado momento asseverou: “amem a todos como eu vos amei” e, mais adiante, prometeu à humanidade a vinda de um Consolador. Este Consolador seria o Espírito da Verdade.
Então explicou que o Espírito da Verdade relembraria tudo que ele, o Mestre, havia ensinado, mas que também revelaria coisas novas, verdades que não seriam aceitas pelo homem de sua época, mas sim por aqueles de uma sociedade futura e mais madura.
No 1º de maio de 1958, quando Tia Neiva fez seu juramento ao Cristo, ela disse:
Jesus!
No descortinar desta missão, sinto renascer o Espírito da Verdade, na missão que me foi confiada: o Doutrinador!
É por ele, e a bem dele, que venho nesta bendita hora te entregar os meus olhos. Lembra-te, Senhor, de protegê-los até que eu, se por vaidade, negar o Teu Santo Nome, mistificar minha clarividência, usar as minhas forças mediúnicas para o mal, tentar escravizar os sentimentos dos que me cercam ou quando desesperados me procurarem. Serei sábia porque viverás em mim!

Logo, nos fica claro que a missão da doutrina do Amanhecer é fazer parte do Espírito da Verdade, é reviver os ensinamentos de Jesus e instruir determinadas verdades espirituais que estavam veladas até então.
Na célebre mensagem de 31 de dezembro de 1972, que resume a missão do Amanhecer, nosso Pai Seta Branca nos orienta:
Salve Deus!
Ao nos despedirmos do ano de 1972, devo, antes vos esclarecer que a humildade e a perseverança dos vossos espíritos conduziram-me ao mais alto pedestal de força básica que realizou esta corporação. Deveis saber, filhos, da nossa finalidade nesta mensagem, que trazeis dos vossos antepassados a este planeta em desenvolvimento.
Assumistes o compromisso desta Era e, portanto, tereis que cumpri-lo, confirmando, em cada coração, o Espírito da Verdade, na missão designada para o Terceiro Milênio. (...) É, então, que o Espírito Consolador exigirá o vosso compromisso ao socorro final. O que será do Homem, sem o Espírito Consolador, vendo suas grandezas e seus tesouros submergirem no alvo oceano, quando as bases frágeis das montanhas de gelo cederem e, ao se transformarem em água, liberarem os pequenos seres que trarão a luta e só serão vencidos pelos vossos conhecimentos científicos, filhos meus. (...) Esta faixa que atravessais no peito, da Cura e do Conhecimento, simboliza o Cristo na Sua caminhada, fronteira vívida na técnica da salvação.

Há nesta mensagem a expressão objetiva da missão do Jaguar: assumimos o compromisso de ajudarmos na transição da humanidade para uma nova era, uma era crística e, para isso, devemos confirmar “em cada coração, o Espírito da Verdade”. Depois, o Simiromba de Deus nos afirma: “É, então, que o Espírito Consolador exigirá o vosso compromisso ao socorro final”.
Ora, mas o que seria “confirmar em cada coração o Espírito da Verdade” e cumprir o que o Espírito Consolador nos exige? A resposta é “reviver os ensinamentos de Jesus e ensinar novas verdades à humanidade”.
Assim, nossa doutrina, nossos trabalhos, nossos rituais têm esse objetivo, esta meta: fazer Jesus estar conosco novamente. Ensinar o amor, a humildade, a tolerância. Curar os espíritos sofredores, arraigados ao ódio ou ao desespero. Curar as dores do espírito e, portanto, do corpo físico e revelar novas verdades aos que nos cercam: a imortalidade do espírito, a evolução através das reencarnações, a possibilidade da comunicação com os desencarnados pela mediunidade, a existência de humanidades fora do planeta Terra etc.
Se o leitor ainda não se convenceu do que digo, que devemos reviver o Cristo, vejamos como o Pai arremata a sua mensagem de final de ano: “Esta faixa que atravessais no peito, da Cura e do Conhecimento, simboliza o Cristo na Sua caminhada, fronteira vívida na técnica da salvação.”
Ele nos diz que nossa fita representa o Cristo. A cura e o conhecimento representam a vida de Jesus. E foi assim que o Cristo viveu, ensinando e curando. E para que nós nos salvemos, ou seja, alcancemos nossa evolução espiritual é preciso seguir este caminho.
Isto é tão marcante em nossa doutrina que a cura e o conhecimento estão também representados na formação dos três primeiros Trinos. A raiz Tumuchy claramente segue a linha doutrinária, do ensino do Evangelho, portanto representa o conhecimento. A raiz Araken segue a linha da Cura Desobsessiva, a doutrinação dos espíritos, na execução dos trabalhos; enquanto a raiz Sumanã representa a cura do espírito e do corpo físico, o reequilíbrio dos corpos espirituais e orgânicos. Novamente, a cura e o conhecimento, novamente Jesus em sua caminhada.